fbpx

O que é hepatite viral?

O que é hepatite viral?

O que é hepatite viral?

A hepatite viral é uma infecção que atinge o fígado, causando alterações leves, moderadas ou graves.

O avanço dessa infecção compromete o fígado e pode causar fibrose avançada ou cirrose, que podem levar ao desenvolvimento de câncer e necessidade de transplante do órgão. 

Na maioria das vezes são infecções silenciosas, ou seja, não apresentam sintomas.

O impacto dessas infecções acarreta em aproximadamente 1,4 milhões de mortes anualmente no mundo, seja por infecção aguda, câncer hepático ou cirrose associada às hepatites. 

No Brasil, as hepatites virais mais comuns são causadas pelos vírus A, B e C.

Existem ainda, com menor frequência, o vírus da hepatite D (mais comum na região Norte do país) e o vírus da hepatite E, que é menos frequente no Brasil, sendo encontrado com maior facilidade na África e na Ásia. 

As infecções causadas pelos vírus das hepatites B ou C frequentemente se tornam crônicas. Contudo, por nem sempre apresentarem sintomas, grande parte das pessoas desconhecem ter a infecção. 

Isso faz com que a doença possa evoluir por décadas sem o devido diagnóstico. 

A taxa de mortalidade da hepatite C, pode ser comparada ao HIV e à tuberculose.

Tipos de hepatite viral

Tipo A

Antigamente havia um alto índice de crianças com hepatite viral do tipo A, pois não havia qualidade no saneamento básico e as crianças brincavam nas ruas ou quintais com maior frequência, colocando a mão no chão e posteriormente na boca. 

Em decorrência dessa mudança de hábitos, hoje há uma menor incidência de hepatite A na infância.

A hepatite viral do tipo “A” tem quase 100% de cura, sendo mais fácil de tratar nas crianças do que nos adultos.

O tempo de incubação, que é o que chamamos de intervalo do contato com o vírus até a manifestação dos sintomas, varia de 14 a 28 dias.

Os sintomas podem ser: febre, dor abdominal, diarreia, dores pelo corpo, vômitos, falta de apetite, icterícia e em crianças abaixo de 5 anos podem ser assintomáticas.

Em geral os sintomas são piores quando a pessoa se infecta na idade adulta (principalmente pacientes com imunodepressão ou doenças crônicas). 

A maioria dos contaminados pela hepatite do tipo A, se recupera em 6 meses.

A Hepatite por vírus “A” tem vacina preventiva e além disso, pode ser prevenida com boas condições de saúde e higiene e saneamento básico.

Tipo B

Se não for tratada corretamente, a hepatite viral do tipo B pode se tornar crônica. 

Entre os pacientes que desenvolvem a hepatite crônica, pode ocorrer cirrose, que é quando o fígado fica endurecido com diminuição da função.

A hepatite B é transmitida pelo sangue, ou seja, por compartilhamento de seringas, na gestação ou relação sexual, portanto é uma DST (doença sexualmente transmissível).

Existem fatores de risco para tornar essa doença crônica e estão relacionados a idade mais avançada, sexo masculino, alto consumo de álcool, tabagismo e imunossupressão.

Os fatores que aumentam o risco de câncer de fígado estão relacionados à doença metabólica.

Lembrando que a hepatite “B” caminha lentamente para a cirrose e/ou câncer, porém hoje, temos vacina preventiva disponível.

Tipo C

A hepatite C é a maior causa de doença crônica do fígado e para esse tipo de hepatite viral não existe vacina disponível.

Com 71 milhões de pessoas cronicamente infectadas no mundo, encontramos desde pacientes assintomáticos (muitos nem sabem que têm a doença) até pacientes com cirrose e câncer de fígado.

A hepatite C é também transmitida pelo sangue, por meio de transfusões, compartilhamento de agulhas para o uso de drogas, objetos cortantes como alicate de unhas, bem como na transmissão durante a gestação.

Este tipo de hepatite não é considerado DST (doença sexualmente transmissível) exceto por raras vezes via sexual anal, portanto pode ser mais frequente em relações masculinas homossexuais.

Os sintomas mais comuns são dor abdominal, vômitos, icterícia.

Como não existem vacinas, é importante o não compartilhamento de agulhas, por exemplo, que entrem em contato com o sangue.

O objetivo do tratamento é curar a infecção não se detectando mais os marcadores do vírus por 12 a 24 semanas, para diminuir a inflamação do fígado e normalizar os exames de sangue.

Hoje existem vários medicamentos que podem negativar o vírus. 

Deve sempre dar ênfase a aderência ao tratamento.

Tipo D

A forma mais comum de infecção da hepatite D é durante o parto ou através de contato com sangue e secreções, por exemplo, pessoas que usam drogas injetáveis.

Houve uma diminuição dessa hepatite após a vacinação da hepatite B, já que a hepatite do tipo D precisa da hepatite B para replicá-la.

Portanto a vacinação é a melhor forma de prevenção visto que a cirrose crônica tem uma rápida progressão na hepatite por esse vírus.

Se o paciente contrair a Hepatite D juntamente com a B, os sintomas são mais severos.

Pacientes com hepatite B crônica são pessoas de risco para hepatite D. 

Tipo E

A hepatite E é transmitida de forma fecal-oral com quadro clínico semelhante a outras hepatites virais. 

Se adquirida na gravidez pode ocorrer uma forma de hepatite mais grave, chamada insuficiência hepática fulminante.

Ela não se torna crônica e não se tem tratamento específico. A prevenção se faz por cuidados de higiene e boas condições sanitárias.

A hepatite por vírus “E” é muito semelhante à hepatite por vírus “A” acometendo mais o sistema gastrointestinal (diarreia) e não tem vacina.

Como prevenir hepatites virais?

Quando as hepatites apresentam sintomas, elas podem se manifestar como: cansaço, febre, mal-estar, tontura, enjoo, vômitos, dor abdominal, pele e olhos amarelados, urina escura e fezes claras.

Para se prevenir, nada melhor que saneamento básico adequado, tratamento de esgoto e de água. 

Além disso, adote hábitos de higiene, lave as mãos sempre após ir ao banheiro, durante a preparação de refeições e ao chegar em casa.

Como visto, as hepatites virais apesar de se manifestarem de maneira discreta, podem trazer sérias consequências à saúde. 

Por isso, não deixe de realizar os exames de rotina para que seja possível identificar essa doença ainda em seu estágio inicial e receber o tratamento adequado.

No caso das hepatites B e C é preciso um intervalo de 60 dias para que os anticorpos sejam detectados no exame de sangue.

A evolução das hepatites varia conforme o tipo de vírus. 

Os vírus A e E apresentam apenas formas agudas de hepatite (não possuindo potencial para formas crônicas). 

Isto quer dizer que, após uma hepatite A ou E, o indivíduo pode se recuperar completamente, eliminando o vírus de seu organismo.

Por outro lado, as hepatites causadas pelos vírus B, C e D podem apresentar tanto formas agudas, quanto crônicas de infecção, quando a doença persiste no organismo por mais de seis meses.

Referências:

https://www.saude.pr.gov.br/

http://giv.org.br/


Esta gostando do conteúdo? Compartilhe!